sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Aromaterapia







Aromaterapia é um ramo da osmologia que consiste no uso de tratamento baseado no efeito
que os aromas de plantas são capazes de provocar no indivíduo.
Dos vegetais é extraída a essência a ser aplicada isoladamente ou em combinação com outros aromas, dependendo das enfermidades e do indivíduo.

É considerada uma terapia alternativa ou complementar, embora seja um tratamento bastante antigo, que surgiu da fitoterapia e que é comumente usada em conjunto com esta. É utilizada no tratamento das mais variadas enfermidades e desequilíbrios, sendo considerada uma terapia holística.



MedicinaAlternativa:
Aromaterapia,Bioenergética:


O poder terapêutico das essências aromáticas das plantas; A Aromaterapia consiste em tratar as doenças com a ajuda de óleos extremamente concentrados extraídos dos vegetais. Esses extratos chamados essências ou óleos essenciais contêm as substâncias que dão perfume às plantas e, por isso, seu odor é a característica principal.
Os óleos essenciais são produzidos por minúsculas glândulas presentes nas pétalas, no caule, na casca e na madeira de numerosas plantas e árvores. Se, na natureza essas glândulas liberam os aromas das plantas de forma progressiva, quando aquecidas ou trituradas, elas explodem e liberam os odores com uma potência muito maior.
Para extrair o óleo essencial puro, recorre-se a um processo de destilação no vapor d’água. Se a essência é dissolvida no álcool ou em outro solvente, denomina-se essência absoluta. São menos puras que os óleos, porém conservam propriedades curativas interessantes.
Os usos dos óleos essenciais são múltiplos, mas eles são mais utilizados na unção da pele (massagem), podendo também ser inalados ou colocados na água de banho ou em compressas. Raramente são ingeridos. Certamente são mais eficazes quando inalados, pois provocam uma ação imediata no cérebro.


Aromaterapia e os Óleos Essenciais


Por milhares de anos, as culturas orientais queimaram ervas na forma de incenso, em rituais religiosos e espirituais. Os árabes foram os primeiros na técnica de destilação de óleos essenciais, método que se emprega até hoje com pequenas modificações. Na Alemanha do século 16, Jerome de Bruswick documentou 25 óleos essenciais com fins medicinais, também utilizados até os nossos dias. Mas a ciência da aromaterapia, praticada atualmente, surgiu em 1937 com os trabalhos do químico francês Renée Gattefosse – publicados em seu famoso livro Aromatherapie.


A aromaterapia, basicamente, procura transmitir ao “paciente” toda a energia concentrada nos óleos essenciais por meio de banhos, inalações, massagens, compressas, etc. A aromacologia, a ciência que estuda os aromas para fins medicinais e psicofisiológicos, mostra que o ser humano pode ser positivamente afetado ao ser exposto a certos cheiros. Afinal, nosso cérebro processa os impulsos enviados pelos sensores olfativos em áreas que cuidam das emoções, do aprendizado, do balanço hormonal, etc. E mais: devido às suas propriedades, alguns óleos essenciais podem contribuir com o tratamento de várias doenças, como àquelas do sistema digestivo, respiratório, circulatório, etc. Nesses casos, como a pele é bastante permeável aos óleos essenciais, as sessões de massagens são muito bem-vindas!
Grande parte do mercado de óleos essenciais se concentra nas indústrias alimentícias e de cosméticos. No entanto, com a comprovação dos benefícios a saúde de alguns óleos, constata-se um considerável aumento na prescrição de soluções que levam um ou uma combinação de óleos em suas formulações. Baseado no estudo das cargas elétricas e da polaridade das moléculas aromáticas, descobriu-se que alguns óleos possuem carga elétrica negativa (relaxante) enquanto outros possuem cargas elétricas positivas (estimulante). As moléculas negativas, de acordo com os trabalhos de Franchomme, são antiinflamatórias e antiespasmódicas – agindo como atenuadoras de problemas hepáticos, do sistema nervoso, do sistema gastrointestinal e outros. Já as moléculas positivas colaboram para o aumento do nível energético do organismo, por exemplo, sendo efetivas contra infecções virais, stress, atenuadoras dos efeitos do câncer e outros.



Óleos Essenciais e suas Propriedades Terapêuticas


Ação antibacteriana: as principais moléculas que possuem propriedades antimicrobianas comprovadas são o carvacrol (óleo essencial de tomilho, etc.), o timol (óleo essencial de tomilho, etc.) e o eugenol (óleo essencial de cravo, etc.) – todos do grupo dos fenóis. Logo após os fenóis, em ordem decrescente de funcionalidade, situam-se os alcoóis monoterpênicos, tais como o linalol (óleo essencial de manjericão, etc.), geraniol (óleo essencial de gerânio), terpineol, mentol (óleo essencial de menta) e outros, seguindo pelo grupo dos aldeídos, tais como o citral, geranial (óleo essencial de capim-limão, etc.), citronelal (óleo essencial de citronela, etc.), cuminal e outros.


Ação antifúngica: os mesmos grupos listados com a ação antibacteriana valem para o combate às infecções fúngicas, embora o tratamento para estes últimos seja mais demorado.


Ação antiviral: a sinergia entre alcoóis monoterpênicos com cineol (grupo dos óxidos) é muito eficiente no tratamento de patologias virais do trato respiratório. Outro grupo de moléculas cuja combinação traduz em maior eficácia contra vírus é o óxido de linalol + linalol, as cetonas, aldeídos e éteres. Cabe ressaltar que os agentes virais são, em geral, bastante suscetíveis a ação das moléculas aromáticas.


Ação antiparasitária: assim como os antibacterianos, o grupo dos fenóis exerce maior importância. Os alcoóis monoterpênicos, algumas moléculas do grupo das cetonas e óxidos também apresentam certas propriedades comprovadas como agentes antiparasitários.


Ação inseticida: é do conhecimento popular que a citronela é um importante agente inseticida. Na verdade, o componente por trás dessa qualidade é o citronelal, um aldeído presente tanto na citronela quanto no eucalipto citriodora, este último muito cultivado no Brasil. Outras moléculas em destaque são o eugenol e o aldeído cinâmico (presente na canela).


Ação antiinflamatória e anti-histamínica: as moléculas de carga negativa são os principais componentes desse grupo. O exemplo mais significativo é o camazuleno (faz parte do óleo essencial de camomila alemã, cultivada no sul do Brasil) e o alpha-bisabolol, em evidencia na candeia (árvore brasileira). Alguns aldeídos, tais como o citral, citronelal, cuminal e outras moléculas também apresentam propriedades imunomodulantes. Na classe dos anti-histamínicos são de particular relevância o camazuleno e o di-hidro-camazuleno.


Ação expectorante e mucolítica: alguns óleos essenciais vêm sendo utilizados há muito tempo pelas suas propriedades expectorantes. Óleos ricos em cineol, tais como o eucaliptus globulus, alecrim ou louro são três possibilidades bastante interessantes.


Ação antiespasmódica: dois grandes grupos apresentam atividade espasmódica: o grupo dos éteres e dos ésteres. O primeiro, de carga positiva, tem notável atividade espasmódica. O segundo grupo, de carga negativa, tem propriedades antiinflamatórias e anticonvulsivas.


Agentes antiarrítmicos: algumas moléculas do grupo dos ésteres também atuam como reguladores cardíacos. É o caso, por exemplo, dos ésteres contidos no óleo essencial de ylang-ylang.


Ação analgésica e anestésica: visto que a dor é o sintoma da doença e não a causa, diferentes tipos de óleos essenciais vão atuar de forma distinta, eliminando ou diminuindo a fonte do problema e atuando como neutralizadores. Por exemplo: o eugenol, um componente presente no óleo essencial de cravo, manjericão e outras plantas, é particularmente efetivo no combate a dores de origem dentária. O mentol, principal componente da menta, tem maior eficiência no tratamento de dores de cabeça. Várias outras moléculas ou óleos essenciais com ações globais sedativas vão ajudar a acalmar espasmos (camomila romana ou tangerina) ou atuar como fortes analgésicos (ylang-ylang).


Ação calmante: os aldeídos contidos nos óleos essenciais de plantas cítricas e da melissa são muito aplicados nesse sentido. Alguns estudos sinalizam atividades hipnóticas ao linalol, principal componente do pau-rosa ou de alguns quimiotipos do coentro ou manjericão.


Ação antitumoral: como já pregam diversos autores, não é possível esperar que o uso exclusivo de óleos essenciais possa ser uma alternativa ao tratamento oncológico. Porém, alguns óleos podem atuar de forma adjuvante, tais como os que possuem lactonas sesquiterpênicas – a camomila alemã, por exemplo, possui germacreno, substância que possui atividade citotóxica contra leucócitos mutantes.


Ação digestiva: as propriedades eupépticas ou carminativas de diversas moléculas aromáticas fazem com que elas ajam como estimulantes de apetite e facilitadores do processo digestivo. Assim o cuminal, presente no óleo essencial de cominho, e o anetol, integrante do óleo essencial de anis e de outras plantas, possuem propriedades carminativas. A mentona, a carvona e a verbenona têm propriedades colagogas e coleréticas que ativam a secreção biliar.


Diversas outras propriedades são referenciadas aos óleos essenciais, com maior ou menor ênfase, maior ou menor suporte na literatura científica. Mas é importante lembrar que ainda há muito a ser descoberto já que as aplicações médicas dos óleos essenciais com embasamento científico é uma tendência ainda recente