sábado, 24 de abril de 2010

Dez Mandamentos Ambientais




Nossa espécie tem usado mais a capacidade de modificar o meio ambiente para piorar as coisas do que para melhorar.
Agora precisamos fazer o contrário, para nossa própria sobrevivência.
Reveja seu dia-a-dia e tome as atitudes ecológicas que julgar mais corretas e adequadas.
Não espere que alguém venha fazer isso por você. Faça você mesmo.

1- Estabeleça princípios ambientalistas
Estabeleça compromissos, padrões ambientais que incluam metas possíveis de serem alcançadas.

2- Faça uma investigação de recursos e processos
Verifique os recursos utilizados e o resíduo gerado. Confira se há desperdício de matéria-prima e até mesmo de esforço humano.
A meta será encontrar meios para reduzir o uso de recursos e o desperdício.

3- Estabeleça uma política ecológica de compras
Priorize a compra de produtos ambientalmente corretos.
Existem certos produtos que não se degradam na natureza. Procure certificar-se, ao comprar estes produtos, de que são biodegradáveis.
Procure por produtos que sejam mais duráveis, de melhor qualidade, recicláveis ou que possam ser reutilizáveis.
Evite produtos descartáveis não reciclados como canetas, utensílios para consumo de alimentos, copos de papel, etc.

4- Incentive seus colegas
Fale com todos a sua volta sobre a importância de agirem de forma ambientalmente correta.
Sugira e participe de programas de incentivo como a nomeação periódica de um 'campeão ambiental' para aqueles que se destacam na busca de formas alternativas de combate ao desperdício e práticas poluentes.

5- Não Desperdice
Ajude a implantar e participe da coleta seletiva de lixo. Você estará contribuindo para poupar os recursos naturais, aumentar a vida útil dos depósitos de lixo, diminuir a poluição.
Investigue desperdício com energia e água.
Localize e repare os vazamentos de torneiras. Desligue lâmpadas e equipamentos quando não estiver utilizando.
Mantenha os filtros do sistema de ar-condicionado e ventilação sempre limpos para evitar desperdício de energia elétrica. Use os dois lados do papel, prefira o e-mail ao invés de imprimir cópias e guarde seus documentos em disquetes, substituindo o uso do papel ao máximo.
Promova o uso de transporte alternativo ou solidário, como planejar um rodízio de automóveis para que as pessoas viajem juntas ou para que usem bicicletas, transporte público ou mesmo caminhem para o trabalho.
Considere o trabalho à distância, quando apropriado, permitindo que funcionários trabalhem em suas casas pelo menos um dia na semana utilizando correio eletrônico, linhas extras de telefone e outras tecnologias de baixo custo para permitir que os funcionários se comuniquem de suas residências com o trabalho.

6- Evite Poluir Seu Meio Ambiente
Faça uma avaliação criteriosa e identifique as possibilidades de diminuir o uso de produtos tóxicos. Converse com fornecedores sobre alternativas para a substituição de solventes, tintas e outros produtos tóxicos. Faça um plano de descarte, incluindo até o que não aparenta ser prejudicial como pilhas e baterias, cartuchos de tintas de impressoras, etc. Faça a regulagem do motor dos veículos regularmente e mantenha a pressão dos pneus nos níveis recomendáveis.
Assegure-se que o óleo dos veículos está sendo descartado da maneira correta pelos mecânicos.

7– Evite riscos
Verifique cuidadosamente todas as possibilidades de riscos de acidentes ambientais e tome a iniciativa ou participe do esforço para minimizar seus efeitos.
Não espere acontecer um problema para só aí se preparar para resolver.
Participe de treinamentos e da preparação para emergências.

8- Anote seus resultados
Registre cuidadosamente suas metas ambientais e os resultados alcançados.
Isso ajuda não só que você se mantenha estimulado como permite avaliar as vantagens das medidas ambientais adotadas.

9– Comunique-se
No caso de problemas que possam prejudicar seu vizinho ou outras pessoas, tome a iniciativa de informar em tempo hábil para que possam minimizar prejuízos. Busque manter uma atitude de diálogo com o outro.

10- Arranje tempo para o trabalho voluntário
Não adianta você ficar só estudando e conhecendo mais sobre a natureza. É preciso combinar estudo e reflexão com ação. Considere a possibilidade de dedicar uma parte do seu tempo, habilidade e talento para o trabalho voluntário ambiental a fim de fazer a diferença dando uma contribuição concreta e efetiva para a melhoria da vida do planeta. Você pode, por exemplo, cuidar de uma árvore, organizar e participar de mutirões ecológicos de limpeza e recuperação de ecossistemas e áreas de preservação degradados, resgatar e recuperar animais atingidos por acidentes ecológicos ou mesmo abandonados na rua, redigir um projeto que permita obter recursos para a manutenção de um parque ou mesmo para viabilizar uma solução para problema ambiental, fazer palestras em escolas, etc.

sábado, 10 de abril de 2010

SHANTALA


O QUE É SHANTALA?


A shantala, originária da Índia, nossa "grande mãe", consiste numa técnica simples, amorosa, mas muito profunda, que sempre foi passada oralmente de mãe para filha.
É um carinho com seqüência, técnica, direção, que deve ser repetido no bebê diariamente a partir do primeiro mês de idade.
Suas características são o silêncio, a concentração.
Eu chamo até de uma meditação, o yoga do bebê. Desenvolve outros tipos de diálogo entre a mãe e o bebê, não verbais; Com os olhos e com as mãos;
Atuando com cursos (básicos e avançados), consultas, palestras, reportagens na mídia, aos poucos a shantala foi ganhando espaço e despertando o interesse dos profissionais que trabalham com bebês.

O que motiva as pessoas a aprender shantala? Acredito que os pais que procuram fazer shantala em seus bebês provavelmente buscam o melhor para eles, bem como vê-los relaxados, tranqüilos, dormindo bem, sem cólicas.

Qual a visão que se tem da difusão da prática da shantala no Ocidente, especialmente no Brasil? 
A shantala no Ocidente veio num momento extremamente importante, dando continuidade à proposta do parto e nascimento humanizados. Para muitos profissionais no Ocidente a shantala é uma técnica de estimulação, para outros uma terapia.
Ela pode ser tudo isso, mas é muito mais. No Brasil, chamo atenção para a prevenção de doenças, ao toque que traz inúmeros benefícios a nível de vinculação com a mãe.

Há diferenças entre a prática da shantala aqui e na Índia?
A coisa que mais chama atenção no aspecto cultural é que, lá, é ensinada pelas mães às filhas.
Não há literatura, cursos etc. É uma técnica milenar. Aqui no Brasil os papais fazem também. Não há nada que impeça, muito pelo contrário, é uma forma de os pais e bebês poderem se curtir mutuamente.
É um momento muito especial. Também está bem aceita até nas universidades.

Por que a shantala só é recomendada a partir de um mês de nascido?
A partir de primeiro mês, o bebê já está com a pele mais preparada. Muitas vezes ela descama, troca a pele. Também o umbigo já está cicatrizado. Apesar de ser um toque carinhoso, a shantala tem um toque profundo e forte, não é superficial, faz alongamentos e trabalha a musculatura e as articulações.
Quais são os benefícios da shantala para o bebê?
Os benefícios são inúmeros, desde, como já foi dito, o aprimoramento do relacionamento mãe/bebê e pai/bebê, até um bom desenvolvimento psicomotor. Elimina gases, cólicas, prisão de ventre, tranqüiliza o sono, gera confiança, e por tudo isso é altamente preventiva. Raramente o bebê que recebe essa massagem diariamente vem a adoecer.

A shantala interfere na formação da personalidade do indivíduo? De que maneira?
A shantala pode influenciar fazendo a criança sentir-se muito amada, plena.
E quem recebe amor, provavelmente aprende a amar e retribuir isso ao seu redor.
É exatamente aí que eu vejo a conexão com a forma de nascer e o que se pode esperar de mudanças no mundo.
É daí que pode vir uma transformação. Serão adultos equilibrados, tranqüilos, inteligentes e que possivelmente contribuirão para a paz no mundo.

Os efeitos da massagem são imediatos?
Os efeitos são imediatos. No mesmo dia o bebê já dorme melhor, as cólicas já diminuem.
Só vendo para crer. É realmente uma técnica fantástica. Atua em todos os níveis: físico, emocional, energético e espiritual.

Há alguma contra-indicação?
Só não se deve praticar a shantala quando o bebê está muito doente ou nas crises.
É preventiva, mas na hora da crise não dá para aplicar. É preciso que a criança esteja participando, concordando com a prática. Exemplo: na crise de cólica ela chora muito, se contorce.
Outra contra-indicação seria para doenças de pele que impeçam o toque. Mas ela é ótima para restabelecer a saúde.
Também não deve ser feita na criança com estômago vazio. Não deve estar dormindo, nem com frio.

O que é preciso para praticar?
Somente a mãe pode massagear o seu bebê?
É preciso observar a melhor hora do bebê, um local tranqüilo, óleo vegetal apropriado para o frio ou calor. A mãe é realmente a pessoa mais indicada, mas o pai também pode, os familiares e numa creche até um profissional, tudo depende da necessidade e da disponibilidade das pessoas.
Qual é a perspectiva em relação à prática da shantala para o futuro?
A perspectiva é que a shantala ganhe cada vez mais espaço.
Seria maravilhoso que todas as crianças pudessem ser massageadas. Todas têm esse direito.
Estamos em expansão. E aconselhável  aos pais que, mesmo sem conhecer a técnica, massageiem seus filhos, mesmo intuitivamente.
O toque traz saúde em todos os níveis, aproxima, elimina tensões, bloqueios, e proporciona um bem estar incrível para os bebês.
O profissional que deseja trabalhar com a shantala deve desenvolver a sensibilidade e o respeito por esse serzinho que está esperando por esta prática.
E ter a consciência de que é um privilégio, uma oportunidade de ser um canal e de passar para o bebê o que ele merece, muita paz!